sexta-feira, 12 de julho de 2013

A SEXUALIDADE DO JOVEM


A SEXUALIDADE DO JOVEM

 

“O primeiro encontro sexual não ocorre no início da adolescência, somente após o longo processo de desenvolvimento físico e emocional. Somente quando o jovem consegue superar as inibições características desta fase, ele poderá então estabelecer um relacionamento mais íntimo com outra pessoa, não baseado em afetividade mútua, mas com a finalidade de lhe proporcionar prazer.”

A adolescência é definida mais pelos fatores de ordem social e psicológica. A puberdade é um acontecimento biológico, onde a menina e o menino tornam-se aptos à procriação. Na menina, sua determinação é a primeira menstruação, que é considerada como início do processo da maturidade sexual da mulher. No menino, a primeira ejaculação, que ocorre entre os 13 e os 14 anos de idade, é tida como principal manifestação de amadurecimento sexual. E então ocorre o desenvolvimento progressivo da capacidade de ejaculação. Inicia-se geralmente devido à masturbação, ou à ejaculação que aflui durante o sono.

A menarca (primeira menstruação) acontece por volta dos 11, 12 anos de idade. Mas poderá ser precoce, aos 10 anos, e tardia, aos 16 anos. A espera faz com que a menina sofra de angústias e profundas alterações de humor. Com tantos desafios pela vida afora, ela também se depara com as novas conquistas e ainda com o medo de não conseguir vencer suas dificuldades.

Os garotos associam sua virilidade com o tamanho do pênis (e são inevitáveis as comparações nesta época), e têm o instinto de se mostrarem fortes e grandes conquistadores. Já as garotas precisam provar que elas podem ser capazes da sedução. Querendo se apresentar sedutoras, elas fazem joguinhos para despertar a atenção dos rapazes.

Nota-se que toda esta vontade que os jovens têm de corresponder a estes estereótipos causa-lhes um estado emotivo muito grande, onde o que predomina é o sentimento de insegurança. O que gera o sofrimento deles é o medo de não poderem corresponder ao que eles consideram que é igual nos garotos e garotas de sua idade.

Até o início dos anos 70, conforme pesquisas, a iniciação do rapaz se dava sempre com prostitutas, Já a garota era forçada a se manter virgem até o casamento. Assim, ela procurava satisfazer a necessidade de gratificação por meio de flerte, como forma de se sentir admirada, bonita e sedutora. Para adquirir as condições de um envolvimento mais completo (sexo e afetividade), somente era possível ao atingir a maturidade emocional, no fim da adolescência. E isto após vários encontros.

Daqueles tempos para cá, a liberação sexual estendeu-se finalmente aos jovens. Rapazes e moças de “família” têm relações sexuais antes do casamento. Esta questão tornou-se imperiosa para que os casais pudessem ter a liberdade de se conhecerem melhor, sexualmente, a fim de que suas boas relações fossem contínuas e saudáveis durante o casamento.

Penso que esta revolução de costumes, iniciada anos atrás, é aceita com naturalidade e tolerância por parte de alguns pais, que se mostram evoluídos com seu tempo. Porém, para aqueles pais acostumados a uma formação e educação rígidas, torna-se difícil encarar, ainda hoje, o fato com uma atitude liberal e lícita, pois considerar a sexualidade dos filhos, vista como é colocada atualmente, é um grande pesadelo. Por isso, as proibições, as situações embaraçosas e até mesmo o surgimento de um “bate-boca” entre pais e entre pais e filhos, o que é extremamente desagradável e triste.

O adolescente, à medida que aceita o desenvolvimento de seus órgãos genitais, inicia a busca do parceiro intensamente. Mas ele o faz de uma forma tímida. Neste período, começam os contatos superficiais, as carícias mais profundas e íntimas. E ainda, devido ao despertar de sua sexualidade, o jovem explora, com todos os esforços, tudo o que se refere ao sexo: conversas, filmes, jogos, livros, revistas, programas na TV, o assunto na Web.

Neste período de sua vida, o jovem deve receber uma orientação sexual mais que satisfatória, a fim de que possa entender de fato tudo o que lhe acontece. Os pais devem tomar a atitude de uma conversa franca e aberta, sem haver a opressão. Por que não responder a todas as perguntas? Por que não procurar, em literaturas especializadas, as respostas que admitem não saber? Que procurem juntos, pais e filhos, para que nenhuma pergunta fique no ar e possa causar um prejuízo maior. Felizmente, de uns anos para cá, a aulas de sexualidade foram introduzidas nas escolas, para os jovens a partir de 11, 12 anos de idade.

Não podemos negar que, atualmente, o jovem vive sua sexualidade com algumas facilidades. E está comprovado e transparente através da comunicação espontânea e franca que os garotos e as garotas instituíram entre eles. A troca de informações lhes é totalmente saudável.

A maioria de nossos jovens já está orientada, de uma maneira ou de outra, pelos pais, educadores e pelos meios de comunicação. Sabem muito bem das questões que envolvem sexo, gravidez, o uso de preservativos e dos cuidados que devem ter contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Porém, há jovens que não têm sequer uma orientação e nem sabem como buscá-las, ou porque são tímidos demais, ou porque lhes foi proibida a busca. Lamento, pois a eles deve pertencer o direito de se conhecerem e de explorarem, sobretudo, a sua sexualidade. E para isso precisam contar com o apoio dos pais e educadores.

A decisão da primeira relação amorosa deve ser levada a sério pelos jovens. Eles se sentem nervosos e ansiosos e esperam que tudo dê certo. Estas expectativas, que um tem em relação ao outro, são muito inseguras. Mesmo que o jovem tenha conhecimento de como funciona o sexo na teoria, somente quando o coloca em prática é que poderá descobrir isto de fato. O impulso sexual só será bom quando os dois se permitirem. Muitas vezes, um dos parceiros usa de chantagem emocional, ou um motivo qualquer, submetendo ao outro uma pressão, para que possam fazer sexo. Decididamente, este não é o melhor caminho!

Os relacionamentos sexuais de curta duração - o chamado “ficar”, no jargão dos jovens - podem ser maravilhosos e excitantes, mas envolvem vários riscos: uma gravidez, a possibilidade de contrair doenças sexualmente transmissíveis e o vírus da AIDS.

Jovens! O amor é lindo e o sexo é algo incrível e saudável. Quando estiverem preparados, que o façam conscientes, sobretudo com afetividade. Transar “sexo por sexo” pode dar prazer, mas pode também causar aborrecimentos que não vão valer a pena. A melhor maneira de fazer sexo seguro é se precaver com o uso de preservativos, a chamada “camisinha”. E não deixem de lado a afetividade e o amor! Façam valer as suas relações amorosas.

 

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