ELES
QUEREM LIBERDADE
Pesquisas
realizadas e estudos profundos relatam: Os adolescentes passam por um período
inicial de “grande dependência”. Na realidade, nesta fase, eles precisam de
atenção, muito mais de quando a recebiam enquanto bebês. Mas, enquanto buscam
atenção (dependência), seguidamente possuem a intenção de buscar também a sua
independência. Com isso, os pais se vêm obrigados a “andar em ovos”, dando a
eles dependência ou independência, de acordo com as suas necessidades.
Então,
quais serão as exigências básicas dos jovens em relação a esta independência, à
liberdade que eles querem ter?
Nossos
jovens querem o direito à opinião própria e o livre-arbítrio, a total liberdade
de escolha, pois eles próprios querem determinar direções. Querem a liberdade
para namorar, quando pensam que já estão suficientemente “grandes”. Querem que
seus pais lhes deem saídas livres, com horários flexíveis. E, definitivamente,
não suportam pressões.
Entretanto,
há pais que são rigorosos e não abrem mão de sua autoridade, nem por decreto.
Às vezes, podem até ceder a uma ou outra exigência dos filhos, mas com certeza
estarão sempre fiscalizando-os, passo a passo. A qualquer desvio do filho, o
pai, ou a mãe, lança logo a frase típica: “Olha que eu corto a sua mesada”. E
ponto final, pois esta é a maneira que encontram para exercerem o poder de uma
dominação mais rígida, austera. É uma forma de limitar os filhos, economicamente.
E sem dinheiro como o jovem poderá ir atrás de suas aventuras?
Entendo
que, neste momento, o jovem irá perceber que seus pais, controlando o seu
acesso ao dinheiro, estão se comportando como verdadeiros tiranos. E, ainda,
intervêm no processo de sua libertação.
Mas,
não só quanto a esta questão de dinheiro, os filhos se veem privados de gozar a
liberdade que tanto almejam. Contudo, devemos entender que há duas formas de se
conceder a liberdade. Aquela que é permitida com limites: exige cuidados,
observação, contato afetivo e diálogo permanente. E a que é permitida sem
limites: é vista, pelos filhos, como uma forma de abandono. Parece-lhes que
seus pais estão se livrando de vez da preocupação sobre eles. Porém, há jovens
que não têm lá esta preocupação e acham o máximo os pais não estarem nem aí.
Aproveitam e abusam da liberdade. Acabam dando “com os burros n’água”, como diz
o ditado. Por outro lado, há jovens que sabem lidar muito bem com a liberdade
que lhes é dada pelos pais. São comedidos e não jogam esta sorte pela janela.
Vivem com certa liberdade, que já lhes dá vazão aos seus ensejos e têm
consciência de seu preço.
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