ADOLESCENTE
x ADOLESCENTE
Há
adolescentes que não curtem a vida por conta do trabalho. Muitos deles começam
a trabalhar a partir de 11 anos de idade, para ajudar com as despesas da casa.
Alguns são arrimos de família. Estes não têm os mesmos privilégios que a
maioria dos jovens, de classe média a classe alta, goza: roupas de grife,
educação nos melhores colégios particulares, tratamento dentário de seis em
seis meses, seguro de saúde e de vida, refeições fora de casa, mesada, cartão
de crédito, festas nos fins de semana, viagens de férias, TV, celular,
videogame, computador, tablete, a obrigação de nada fazer a não ser estudar e
se divertir (namorar, dançar, praticar esportes), assistir a bons espetáculos
no teatro, frequentar clubes e cinemas... Os jovens necessitados se preocupam
com as contas a pagar no final do mês, ajudam na arrumação da casa, tomam conta
dos irmãos menores, fazem um “bico” aqui e ali para compensar o baixo salário
que recebem, ganham roupas usadas, que já saíram de moda, estudam na biblioteca
e em livros usados, vão á escola sempre com o mesmo uniforme surrado, não saem
de férias...
Os
jovens que não têm uma boa vida, às vezes, nem sentem a sua adolescência passar.
Devido às necessidades que já são impostas ainda na fase de criança, se veem,
de uma hora para outra, às voltas com as responsabilidades familiares, e da
noite para o dia tornam-se adultos, e adeus à sua bela juventude! Estão à
procura dela apenas na visão de outros jovens, aos quais a vida permitiu o gozo
de uma juventude plena e saudável.
Penso
que os jovens que recebem na palma da mão a majestade de uma adolescência rica
e sadia, muitas vezes não encontram o significado dela, e com toda a primazia
que desfrutam ainda se sentem aborrecidos e acabam aborrecendo todos à sua
volta. Já os jovens necessitados, estes, sim, com certeza, têm motivos de sobra
para se aborrecerem!
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